Partido Ecologista «Os Verdes»

Partido Ecologista «Os Verdes»

2013-02-12

Seis anos após acidente na Linha do Tua


Seis anos após acidente na Linha do Tua
Ministra do Ambiente novamente confrontada com impactos da Barragem

No dia em que perfaz exatamente 6 anos sobre o trágico acidente ocorrido na Linha Ferroviária do Tua, no qual três ferroviários perderam a vida, o primeiro de uma série de acidentes que serviram de pretexto à desativação de uma Linha de beleza ímpar mas conflituante com a construção da barragem do Tua, «Os Verdes» voltaram, mais uma vez, como forma de homenagem às vítimas, deste e dos outros acidentes, a confrontar o Governo com os problemas gerados pela construção da barragem, nomeadamente no Alto Douro Vinhateiro Património do Humanidade.

A deputada Heloísa Apolónia do Partido Ecologista «Os Verdes», confrontou hoje, na Comissão Parlamentar a Ministra do Ambiente, Assunção Cristas, com os malabarismos aos quais a EDP recorreu, em relação ao traçado da Linha de Alta Tensão da barragem de Foz Tua, para escapar às exigências impostas pela UNESCO, na sequência da Missão levada a cabo nos passados meses de Junho e Julho ao Alto Douro Vinhateiro para avaliar dos impactos da barragem sobre a paisagem classificada Património da Humanidade.

A deputada ecologista acusou o Ministério do Ambiente de má-fé por ser cúmplice do truque de ilusionismo da EDP, ao aceitar no momento actual, uma Proposta de Definição de Âmbito dos possíveis corredores das Linhas de Alta Tensão, adiando assim a Avaliação dos Impactes da Linha de Alta Tensão para depois da reunião do órgão máximo da UNESCO, a decorrer em Junho. Um truque que visa fugir ao calendário da UNESCO e dar por estudado e por aprovado o que não foi.

A deputada, deixou bem claro na sua intervenção que a Proposta de Definição de Âmbito não faz nem é nenhuma Avaliação de Impacto, mas uma simples pré-selecção de possíveis corredores. Escandalizando-se ainda com a falta de seriedade de todo este processo, da qual é exemplo o facto do corredor já anteriormente chumbado pela Cultura ser um dos corredores selecionados.

A representante de «Os Verdes» questionou ainda o facto das alterações ao projeto da barragem, conhecidas como projeto Souto Moura, não terem sido, também elas, sujeitas a Estudo de Impacto Ambiental.

Heloísa Apolónia exigiu ainda que a Ministra remetesse urgentemente à Assembleia da República todos os documentos enviados à UNESCO. A Ministra do Ambiente por seu lado, tendo-se comprometido com esta última questão, não deu no entanto nenhuma explicação aceitável e credível para as anomalias denunciadas pela deputada de «Os Verdes».

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